"A Poesia perdeu a pose"
Um fenômeno cultural está tomando
conta das periferias de cidades brasileiras: os saraus. Nesses
encontros,
livres de qualquer afetação, é possível ler o que quiser,
quando quiser e como quiser. Na Ponta do Lápis
conheceu três deles que existem há alguns anos em bairros da cidade de
São Paulo. Veja por que atraem
cada vez mais gente – principalmente
professores e estudantes – para ler, ouvir e falar sobre versos.
Estamos em pleno século 21 e um
fenômeno literário típico dos salões aristocráticos do século 19 está se
repetindo, de maneira transfigurada, em bairros populares e periféricos
de grandes cidades brasileiras. É o antigo sarau. Se até meados do
século passado a poesia era vista como arte da elite, agora falar ou
escrever versos, construir rimas e deixar fluir o “eu lírico” tornou-se
algo bem mais popular. O uso da palavra e a criação poética foram
democratizados. “Literatura pode ser feita em qualquer lugar”, diz
Sérgio Vaz, poeta e um dos criadores da Cooperifa (Cooperativa Cultural
da Periferia), entidade que agitou a vida de comunidades que vivem nos
extremos da Zona Sul da capital paulista. A
televisão, com suas novelas, séries, programas de auditório ou jogos de
futebol, deixou de ser a única opção de cultura e lazer dessas regiões. Leia mais em ...
Fonte: http://www.escrevendoofuturo.org.br
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